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Bloco questiona Governo sobre despedimento coletivo e dívidas na Castimoda

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre o encerramento da empresa Castimoda, em Fafe, na sequência do despedimento coletivo das 30 trabalhadoras enquanto estas se encontravam em casa devido à pandemia.

No documento entregue na Assembleia da República, a 5 de maio, os deputados eleitos pelo circulo de Braga, José Maria Cardoso e Alexandra Vieira, referem que, a 20 de março, a empresa comunicou às trabalhadoras o encerramento temporário das instalações, no entanto, no início de abril, as trabalhadoras começaram a receber cartas de despedimentos.

Os deputados bloquistas afirmam que a Castimoda "não regularizou os pagamentos devidos às funcionárias, estando em dívida o salário do mês de março de 2020 e o subsídio de natal de 2019 e que a empresa não efetuou os pagamentos à Segurança Social e às Finanças desde o início do ano".

O documento salienta que "as trabalhadoras concentraram-se à porta da empresa para impedir que o património da empresa fosse alienado, de forma a garantir recursos para pagamento das dívidas existentes, por terem sido alertadas de que estariam a ser retiradas as máquinas e equipamentos das instalações".

"Esta situação está a gerar enorme apreensão entre as trabalhadoras, que se queixam da empresa ter aproveitado a suspensão da atividade por causa da crise pandémica para retirar o equipamento do interior do edíficio e, de seguida, avançar com o despedimento coletivo sem garantir o pagamentos dos seus salários", acrescentam os deputados no documento.

"O Bloco de Esquerda considera necessária e urgente a intervenção do Governo e da Autoridade para as Condições do Trabalho, de forma a exigir o cumprimento dos direitos das trabalhadoras, o pagamento dos salários em atraso e a manutenção dos postos de trabalho", concluem.

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